segunda-feira, 24 de maio de 2010

Roubar

Meu amor chegou num tempo oportuno.
Mas, permiti que entrasse na minha vida,
Em um determinado período que não nos favoreceu.

Você chegou numa época que era para se fazer presente.
Eu, porém, num dia que não devia ter chego.
Estive bem perto de você,

Pois, quem me levou de mim mesmo foi você.

Roubou para si o meu olhar
O meu pensar, prendeu
Aprisionou o meu falar

Roubou para si o meu amar
O meu tocar, prendeu
Aprisionou o meu cantar

Roubou para si o meu coração
O meu abraço, prendeu
Aprisionou a minha atenção

Roubou para si o meu viver
O meu entender, prendeu
Aprisionou o meu escrever

Roubou para si o meu poetismo
O meu dinamismo, prendeu
Aprisionou o meu romantismo

Roubou para si o meu sentir
O meu decidir, prendeu
Aprisionou o meu ouvir

Roubou para si o meu desejo
O meu tempo, prendeu
Aprisionou a minha liberdade

Demorei a chegar sim, mas, queria ficar em sua vida.
Minha intenção não era roubar você de você mesmo.
Apesar de roubar-me tudo o que tenho de mais valioso.

Você se foi...
Sem ao menos dar uma satisfação e
Deixou-me num cativeiro.
Digo ao meu coração que era tempo de você partir.
Ora, ele insisti em te querer.

Por que não me deixa em paz?
Por que insisti em roubar-me em cada amanhecer?
Por que continua presente em minha vida?

Não me amas, por quê?
Não me queres, por quê?
Por quê?...

Vem, e tira-me desse cativeiro.
Não me roube mais de mim e,
Sim, devolva-me a mim mesmo.
Dar-me-ia de presente a você toda a minha essência.

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